É preciso lembrar e refletir, também, que muitos professores até conhecem e fazem uso de muitos desses recursos, como uso pessoal, mas não percebem ou resistem a aceitar que poderiam utilizá-los como recursos pedagógicos. Por que isso acontece, ainda?
Nossas crianças e jovens, todos nascidos na era digital e, portanto, completamente cômodos ao usarem sem receio esses "monstros do armário" que tememos, não sentem receio ao demonstrar seu pouco interesse em nossas aulas fundamentadas em quadro, giz, livro didático, caderno, caneta, enfim... Eles mostram seu tédio, sua inconformidade e inconformismo, de muitas formas... Mas costumamos justificar nosso fracasso em atingi-los, em envolvê-los, culpando apenas sua indisciplina aparente, a falta de respeito, a desintegração das famílias, e mais "blá, blá, blá"... (digo aqui apenas, pois sabemos e não negamos que esses também são fatores reais para questões problemáticas vivenciadas em escolas do mundo inteiro).
Cabe a nós, educadores, repensarmos nossas práticas e nossos objetivos: o que queremos, de fato? O que é mais importante? Até que ponto poderemos nos abrir para novas experiências? Até que ponto podemos nos considerar aprendizes, também? Vale a pena fingir que não percebemos a pouca utilidade do que ensinamos para a vida real de nossos alunos? Pensarmos que o que nos serviu, há 20, 30 anos, terá que servir para essa nova geração, que não vive no mundo em que vivíamos, pois esse mundo simplesmente não existe mais, demonstra o que a nosso respeito?
2 comentários:
Concordo plenamente contigo. Um bom texto.
Acredito sim que devemos mudar a nossa postura e práticas pedagogicas. Estar sempre em atuação e formação.
Tenho certeza que estes vídeos vieram contribuir muito.
Sandra
Olá Nara!
Realmente a falta de inovação metodológica é um dos fatores que têm desestimulado o interesse dos alunos. Tem uma frase (não lembro quem escreveu ou disse) que expressa muito do que somos (ou devíamos ser) como educadores: "não tenho vergonha de mudar de opinião, porque não tenho vergonha de pensar".
Bjs
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