ANÁLISE DOS VÍDEOS A VISÃO DOS ESTUDANTES e OS ESTUDANTES DA ERA DIGITAL

Os vídeos “A visão dos estudantes” (http://www.youtube.com/watch?v=q6Ib38Whkus&playnext=1&list=PLF39E42C3D9903CEC) e “Os estudantes da era digital”  (http://www.youtube.com/watch?v=fgT6ehRK05k&feature=related)  apresentam as percepções de alguns alunos acerca de suas próprias aprendizagens - ou a falta delas, pela simples inutilidade do que aprendem - e o que pensam da pouca disposição dos professores, que são, em sua grande maioria, não-nativos digitais, em familiarizarem-se, aprender e tornarem-se usuários de grande parte dos novos recursos tecnológicos, sem falar em programas e softwares, e, consequentemente, colocarem esses conhecimentos em prática na sala de aula, modificando seus processos de ensino.

É preciso lembrar e refletir, também, que muitos professores até conhecem e fazem uso de muitos desses recursos, como uso pessoal, mas não percebem ou resistem a aceitar que poderiam utilizá-los como recursos pedagógicos. Por que isso acontece, ainda?

Nossas crianças e jovens, todos nascidos na era digital e, portanto, completamente cômodos ao usarem sem receio esses "monstros do armário" que tememos, não sentem receio ao demonstrar seu pouco interesse em nossas aulas fundamentadas em quadro, giz, livro didático, caderno, caneta, enfim... Eles mostram seu tédio, sua inconformidade e inconformismo, de muitas formas... Mas costumamos justificar nosso fracasso em atingi-los, em envolvê-los, culpando apenas  sua indisciplina aparente, a falta de respeito, a desintegração das famílias, e mais "blá, blá, blá"... (digo aqui apenas, pois sabemos e não negamos que esses também são fatores reais para questões problemáticas vivenciadas em escolas do mundo inteiro).

Cabe a nós, educadores, repensarmos nossas práticas e nossos objetivos: o que queremos, de fato? O que é mais importante? Até que ponto poderemos nos abrir para novas experiências? Até que ponto podemos nos considerar aprendizes, também? 
Vale a pena fingir que não percebemos a pouca utilidade do que ensinamos para a vida real de nossos alunos? Pensarmos que o que nos serviu, há 20, 30 anos, terá que servir para essa nova geração, que não vive no mundo em que vivíamos, pois esse mundo simplesmente não existe mais, demonstra o que a nosso respeito?